Estrabismo é um termo usado para indicar que os olhos não estão perfeitamente alinhados, ou seja, um olho fixa em uma direção e o outro em uma direção diferente.
Pode estar presente nas primeiras semanas de vida, surgir nos primeiros anos, ou até mesmo na idade adulta.
O desvio pode ser horizontal (convergente ou divergente), vertical (superior ou inferior) ou torcional. Pode ser constante (um dos olhos fica desviado o tempo todo) ou intermitente (o desvio só aparece em alguns momentos).
Sua causa é variada (genética, associada a grau de óculos, traumática e outras) e precisa ser determinada para que o tratamento seja adequado.
Quando o estrabismo tem início na infância, é necessário consultar um oftalmologista o mais cedo possível para entre outras coisas, avaliar se a criança está desenvolvendo bem a visão dos dois olhos (ver desenvolvimento visual da criança).
Quando um dos olhos não está “aprendendo” à enxergar (ambliopia) é necessário o uso de oclusão (tampão).
O tratamento do estrabismo varia de acordo com o tipo de desvio. Em alguns casos é tratado com o uso de óculos, em outros com cirurgia e em alguns casos com toxina botulínica.
A Cirurgia
A cirurgia se baseia em mudar a posição dos músculos que fazem a movimentação do globo ocular.
A idade de realização varia de acordo com o tipo do desvio (pode ser feito a partir de 1 ano de idade em alguns casos ou mais tardiamente em outros).
Após consulta oftalmológica na qual se realiza as medidas do desvio, quando há indicação de cirurgia, inicia-se o pré-operatório.
São realizados exame oftalmológico completo, exame de sangue e risco cirúrgico com pediatra ou cardiologista.
Com os resultados em mãos marca-se a cirurgia. O paciente deve ficar em jejum absoluto (liquido e sólidos) 6 horas antes de sua realização.
A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar, onde há uma equipe treinada para sua realização com todos os critérios de segurança adequados.
É feita sob anestesia geral, ou sob anestesia local, de acordo com a idade do paciente e o tipo de estrabismo.
A cirurgia é feita com a mudança na posição dos músculos extra-oculares, que são responsáveis pela movimentação dos olhos. O acesso aos músculos, é através de abertura na conjuntiva, que é uma membrana transparente que cobre o branco (esclera) do olho. O número de músculos operados, e se um ou os dois olhos, dependem do tipo e tamanho do desvio. O fio utilizado na cirurgia, geralmente é absorvível, ou seja, degradado pelo próprio organismo nas semanas seguintes ao procedimento, e por isto não é necessário a retirada dos pontos.
O tempo de cirurgia varia de acordo com o desvio, mas em média é de uma hora. Após seu término, o paciente permanece no hospital por algumas horas em observação, mas tem alta no mesmo dia.
Os olhos ficam avermelhados nos primeiros dias após a cirurgia, com melhora gradativa.
É necessário o uso de colírio nos dias subsequentes ao procedimento, e quando há dor, ela costuma ser discreta e melhora com o uso de analgésicos comuns.
Não é necessário repouso absoluto. Quando criança, recomenda-se que fique uma semana sem ir à escola, e quando adulto, o mesmo período sem ir ao trabalho. Em casa, pode-se realizar as atividades habituais (andar, tomar banho, assentar-se à mesa para fazer suas refeições, assistir TV, utilizar o computador, etc…).
Apesar de poder haver complicações, elas não são frequentes, e esta é uma cirurgia considerada segura (baixo risco).
Pode haver hipo ou hiper correção, com necessidade de reoperação, mas, ocorre na minoria dos casos.
De forma geral, a cirurgia do estrabismo dá um resultado cosmético satisfatório, e em muitos casos, também melhora a qualidade visual.
* Muito importante: Para uma avaliação completa, e orientação mais detalhada, marque uma consulta com seu oftalmologista.
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