Em 2020, as pessoas com mais de 60 anos serão 14% da população (atualmente são 10%). Segundo dados do IBGE, a expectativa de vida da população está em 73 anos e, em 2050, o patamar deverá ser de 81 anos. Como consequência desse crescimento, há também um aumento na incidência das doenças relacionadas ao envelhecimento, entre elas, as da visão.
“O diagnóstico precoce é essencial quando se fala de doenças nos olhos, pois em estágio avançado, algumas delas podem evoluir e até mesmo levar à cegueira, fazendo com que o paciente se torne dependente do auxílio de outras pessoas. Nos casos de degeneração macular relacionada à idade (DMRI), por exemplo, cerca de 80% das pessoas diagnosticadas já apresentam a doença em estágio avançado, o que dificulta a realização do tratamento efetivo”, afirma o médico Mário Motta, presidente da SBO.
Segundo Dr. Mário, a população deve estar ciente de que a perda da visão não é um processo natural do envelhecimento. As pessoas acima dos 65 anos precisam consultar um oftalmologista anualmente e relatar qualquer mudança ocorrida na qualidade da visão, pois assim será possível garantir a saúde dos olhos dos idosos.
DMRI é uma doença que compromete a mácula, responsável pela visão de detalhes e cores, e produz uma mancha que prejudica a visão central. Há duas formas da doença: seca e úmida. Enquanto a DMRI seca age lentamente, a perda de visão na forma úmida pode ser rápida e é responsável por 90% das perdas visuais graves desses pacientes.
Os primeiros sinais da doença podem ser a necessidade de aumentar a iluminação ambiente e sensibilidade à luz forte. Outros sintomas são: dificuldade na leitura, visão com linhas onduladas, distorção de imagens, pontos escuros ou espaços em branco na visão central.
Ainda não há tratamento eficaz para a DMRI seca. Já para o tipo úmido, há tratamento que impede a progressão da doença e, em alguns casos, ajuda na recuperação da visão.
Uma das mais freqüentes complicações do diabetes, a doença resulta de alteração dos vasos sanguíneos, que causam má circulação na retina. Essa complicação impede a nitidez da visão e atinge 90% dos diabéticos, com mais de 20 anos da doença.
Os sintomas variam de acordo com o estágio da doença. Os mais freqüentes são: visão borrada, percepção de pequenas “moscas” voando ou flashes sendo disparados e perda repentina da visão.
Se a retinopatia diabética for diagnosticada em fase inicial, pode ser tratada com grande sucesso. O tratamento com a fotocoagulação tem demonstrado bons resultados.
Com o passar dos anos, o cristalino pode se tornar opaco, caracterizando a catarata. O cristalino é uma lente transparente existente dentro do olho que permite aos raios de luz alcançarem a retina para que a imagem daquilo que vemos se forme. O embaçamento dessa lente compromete a visão e pode piorar com o tempo até que se torne impossível enxergar.
O sintoma da doença é passar a enxergar sem muita nitidez. Com a progressão, a pessoa passa a enxergar somente vultos.
O tratamento para essa doença é a cirurgia de catarata. Nela, o cristalino doente é retirado e uma lente artificial é colocada em seu lugar.
Trata-se de uma doença que causa lesão no nervo óptico e danifica o campo visual, podendo levar à cegueira. O glaucoma pode ser congênito (presente desde o nascimento); secundário (decorrente de outras doenças oculares ou do uso inadequado de medicamentos, como colírios com cortisona); ou crônico (atinge pessoas acima dos 35 anos de idades).
Os sintomas variam de acordo com o tipo da doença. De um modo geral, o primeiro sinal é a perda da visão periférica.
Em geral, o tratamento é feito por meio do uso de colírios. O médico somente recorre à cirurgia de glaucoma se o tratamento clínico não apresenta bons resultados.
Fonte: Assessoria APOS